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Pintora, pianista e professora, Cândida Boechat nasceu em 1951, em Itaperuna, interior do Estado do Rio. A partir de 1962, já retratando figuras ilustres de Niterói e dando aulas de violão e piano, artista integrou-se ao grupo da professora Marta Soares.

Em 1970, mudando-se para Niterói, iniciou o curso superior de pintura na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro e concluiu o curso de piano, harmonia, teoria e canto pelo Conservatório Brasileiro de Música - CBM. No ano seguinte, ingressou no magistério, lecionando artes plásticas no colégio Liceu Nilo Peçanha, em Niterói, onde trabalhou com Jair Picado durante 20 anos.

Entre retratos, marinhas, desenhos e paisagens, Cândida concluiu por volta de 2.200 trabalhos. Tanto na paisagem quanto nos retratos, ela busca o domínio de técnicas diversas e a liberdade de criação.

Trabalhou como professora de artes plásticas em várias escolas como: IEPIC, Instituto de Educação Clélia Nanci SG, Colégio Joaquim Távora, Instituto Abel e cursos em sua Galeria (Galeria Cândida Boechat). Desenvolveu nas escolas métodos de aprendizado com crianças e adolescentes, levando mais diretamente a arte, buscando sempre técnicas novas. Ilustrou quatro livros.

Em 1979, contando com a presença do artista plástico Israel Pedrosa, a artista inaugurou sua galeria particular, que já recebeu exposições de diversos artistas como Abelardo Zaluar, Abraham Platinik e Juarez Machado, entre outros. Com a obra "Via Sacra", hoje presente na Igreja São Francisco de Paola - Barra da Tijuca, inaugurou o Centro Esportivo e Cultural La Salle - Niterói, possuindo diversos trabalhos sacros no Brasil e na Itália.

Cândida participou da Primeira Bienal de Artes Ishibras, na Integração Brasil-Japão, 1989, e frequentou vários cursos de História da Arte com Fayga Ostrower e Israel Pedrosa. Em 1979, 1991 e 1994, Cândida viajou à Europa, onde deixou diversos trabalhos sacros e retratos, além da criação da capa do jornal Communitá Italiana, na Semana da Itália - Niterói, que aconteceu em 1999. A artista, citada no dicionário de Artes Plásticas, de Maria Alice e Júlio Louzada, e no livro comemorativo dos 40 anos do Instituto Abel de Niterói, recebeu, pela Câmara dos Vereadores de Niterói, a medalha "Cândido de Carvalho", em 1995.

Além das exposições individuais que realizou em sua própria galeria de arte - "Retratos", "Maternidade", "Série Macacos" e "Novo Grupo" - Cândida expôs sua obra em outros espaços culturais, como a Galeria Cor de Rosa - Niterói; o Centro Esportivo e Cultural La Salle - Niterói com a "Via Sacra", 1979; a Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, 1973; o Clube Português de Niterói. 1990 e 1999 e a Galeria de Arte Swains, também em Niterói, 1993. A artista recebeu a medalha de ouro no Clube da Aeronáutica - RJ, 1975 e de prata no "Salão da Tijuca" - RJ, 1996 e no "VI Exposesc", no Sesc de Três Rios, 1979.

Conquistou ainda com o primeiro lugar na Gincana de Pintura da Associação Atlética do Banco do Brasil - AABB-Niterói, 1996, tendo participado de outras mostras coletivas na Galeria D' Artefacto - SP, 1989; Atelier VM Arte e Decoração, no Núcleo Figurativo e Paisagístico de Niterói, 1992; Clube Português de Niterói, 1994; Salão Comunitário da Universidade Federal Fluminense - UFF, 1980; Palácio de Cristal - Petrópolis, 1976; Salão Paranaense - Curitiba, 1995 e Abraçarte - Niterói, 1996, entre outras. Em 2012 expôs suas produções mais recentes em óleo e acrílico na mostra "Personale", no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, em Niterói.

Em 2000, foi autora de um dos projetos educacionais mais ousados de Niterói, o CELAE - Centro Lassalista de Estudos - sendo idealizadora de um vitral que conta a história de São João Batista de La Salle. Em 2002 participou da exposição coletiva que reuniu toda classe artística de Niterói, a Niterói Arte Hoje, no MAC, exibindo maturidade no seu trabalho e firmando sua caminhada no circuito artístico niteroiense. Cândida possui vários trabalhos (inclusive sacros) no exterior, por ocasião de viagens para a Europa (Itália e Suíça) e Estados Unidos. crítica


Críticas

"Em Cândida Boechat a liberdade formal expressiva nos temas que seleciona com sensibilidade e inteligência, estão sempre a exprimir sua apreciável identificação intuitiva. É como se tudo se objetivasse em estados expansivos de consciência, em nível transpessoal, em que a comunicação espiritual e amorosa com o objeto, sobretudo em muitos dos seus temas em que a fecundidade feminina se oferece exuberante em seus momentos criadores". SILVIO LAGO, 1987

"Os quadros de Cândida Boechat dispensam a sua assinatura, tal a identificação deles com a sua Cândida criadora, que realiza o milagre de transpor para as telas as linhas suaves, as cores luminosas e transparentes e as mensagens líricas de sua alma de artista".
ALAÔR EDUARDO SCISÍNIO, 1985

"Neste complexo universo da representação formal, a que veio juntar-se como dado auxiliar a invenção de Jaques Daguerre, tão bem utilizada por inúmeros artistas ao longo dos séculos XIX e XX, você surge em lugar de destaque em nossa cidade, entre raros cultores dessa difícil arte de buscar através das formas visuais, a investigação da alma humana. E na medida em que você se liberta da representação fotográfica para alcançar-se as formas propriamente pictóricas, firmam-se com brilho os elementos de sua presença no cenário artístico em que atua." ISRAEL PEDROSA, 1990




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Publicado em 10/05/2013

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