Quirino Campofiorito nasceu em Belém do Pará, no dia 7 de setembro de 1902, e morreu no dia 13 de setembro de 1994, em Niterói. Hilda Helena Eisenlohr Campofiorito nasceu no Rio de Janeiro, no dia 3 de agosto de 1901, e faleceu em Niterói, em 3 de janeiro de 1997.

Acompanhando o pai Pedro Campofiorito, Quirino veio para o Rio de Janeiro com dez anos, e mudou-se para Niterói em 1914. Aluno de Belas Artes, colaborava como cartunista em publicações como “O Malho”, “O Tico-Tico”, “Diário da Noite” e “Jornal do Commércio”, entre outras. Em 1929, aos vinte e sete anos, ganhou uma bolsa de estudos na Europa pelo seu desempenho nas salas de aula.

Antes de viajar, casou-se com a primeira mulher a ingressar no curso de pintura da Escola de Belas Artes, sua aluna Hilda Eisenlohr. A estada do casal na Europa foi de estudos e viagens. Voltaram ao Brasil em 1934 quando Quirino realizou sua primeira exposição individual. Ainda naquele ano, o casal transferiu-se para Araraquara, interior de São Paulo, atendendo a convite para que Quirino fundasse e dirigisse a Escola de Belas Artes local.

O pintor e architecto Quirino Campofiorito, premio de Viagem da Escola Nacional de Bellas Artes em 1929, e sua esposa, Hilda Eisenlohr, tambem pintora, que seguiram hontem para a Europa, a bordo do "Almirante Alexandrino". Revista Fon-Fon, 31/05/1930.
Em 1935 fundou o jornal “Belas Artes”, o primeiro periódico a tratar exclusivamente de arte. Durante cinco anos, Quirino divulgou amplamente o trabalho de novos pintores, ao mesmo tempo em que passou a atuar como crítico de arte. Três anos mais tarde, assumiu a cátedra de desenho na Escola Nacional de Belas Artes.

Quirino Campofiorito publicou livros de arte, como “História da pintura brasileira no século XIX” e “Vida e obra de Bustamante Sá”. Foi, também, membro da Associação Internacional de Críticos de Arte (Aica), sediada em Roma, além de professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Hida Campofiorito foi uma artista consagrada na cena artística brasileira desde sua primeira coletiva no Salão Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, em 1926, até sua última mostra, aos 93 anos, no Museu Antonio Parreiras, em Niterói. Além da pintura, Hilda, ou HEC, como costumava assinar suas obras, cultivou outras expressões artísticas, como decoração de cerâmica, escultura, pintura em tecidos, mosaicos, ilustração gráfica, etc.

Aos 18 anos, descobriu a professora Georgina de Albuquerque, passando a frequentar seu ateliê em Niterói. Em 1923, seu pai foi para a Europa em Comissão de Estudos e a estudante de pintura foi com a Mãe para Niterói, passar algum tempo em Icaraí.

Em agosto de 1935 apresentou, no Salão da Pró-Arte, 46 telas reproduzindo cenários da França, Itália e Alemanha. Com o quadro "Flores", foi agraciada, em 1941, pela AAB, o prêmio 'Djalma da Fonseca Hermes'. Em 1944, durante o 50º Salão Nacional de Belas Artes, tornou-se a primeira mulher a conquistar, na ENBA, o prêmio "Viagem ao País", com a obra "Operários de Fábrica", que a levou em missão artística ao interior do Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Hilda foi a última remanescente dos três extraordinários casais da arte pictória do Brasil: Georgina e Lucílio de Albuquerque, Haydée e Manoel Santiago e Hilda e Quirino Campofiorito.


Tags:






Publicado em 12/08/2013

Mostra "Inventário das Desutilidades" entra em cartaz no CCPCM De 06 de abril a 05 de maio
Apresentação da Chamada Pública do CCPCM ENCERRADA
Mostra movimenta o Paschoal De 18 e 23 de agosto de 1998
Niterói de Ontem e de Hoje em mostra fotográfica no CCPCM Leia mais ...
Telas de Milton Eulálio, em exposição no CCPCM Leia mais ...
CCPCM abre exposição coletiva 'Gravadores e Escultores' Leia mais ...
Thereza Brunet expõe geometria e esoterismo no CCPCM Leia mais ...
No Paschoal, as flores que inspiram Tay Bunheirão Leia mais ...
Encontro com Tay no Paschoal desmistifica criação Leia mais ...